Seja bem-vindo!


Faça uma boa leitura. Prestigie-nos com seus comentários, críticas, sugestões.

Somos gratos por sua visita!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O que você quer?

Conflitos, pressões sociais e familiares, sofrimento, ansiedade, angústia. No percurso de uma vida, os indivíduos se deparam com inúmeras situações que podem instigá-los a procurar um tratamento psicológico. Trata-se, com freqüência, de pessoas que anseiam por mudanças em relação ao que fazem, pensam ou sentem, ou desejam modificar uma situação crítica de relacionamento conjugal ou familiar, embora muitas vezes não saibam exatamente como fazê-lo. Neste momento, dúvidas sobre as diferentes abordagens clínicas existentes podem surgir: Qual seria a linha clínica mais apropriada para o meu caso? Que pensamento teórico melhor explicaria aquilo que está acontecendo comigo? São algumas das diversas questões que podem surgir nesse processo. A escolha por um determinado tipo de abordagem clínica em psicologia precisa levar em conta, além da perspectiva que melhor se adapte a quem a está buscando, também o sentimento de confiança no terapeuta, o que auxiliará no tratamento.
Diante dessas questões, viemos por meio deste artigo abordar duas diferentes linhas de pensamento teórico, a saber, a psicanálise e a terapia sistêmica.
Quando um sujeito resolve descobrir o porquê do que lhe acontece, depara-se com o valor e a importância do dizer. A psicanálise trabalha com a noção do sujeito singular, trata-se de uma clínica que trata o sofrimento psíquico com a palavra, para que o paciente possa construir uma relação diferente com as causas de seu sofrimento. A análise possibilita ao sujeito descobrir o texto enigmático do discurso por ele tantas vezes repetido. A felicidade ou melancolia de um indivíduo não está inscrita em seu código genético, cada sujeito tem sua história singular. O trabalho analítico é baseado numa escuta singular, a partir do discurso do sujeito que está sofrendo, permitindo que o paciente descubra (construa) as causas de seu sofrimento, dando sentido, ou seja, significando sua história.
A terapia sistêmica, por sua vez, considera o sujeito em seu sistema de relações: na família, na escola, no trabalho, nos grupos em que vive. É dentro desses grupos, através da troca e dos aprendizados, que ele cresce e constrói significados e um sistema de valores e crenças que irão permear suas maneiras de se colocar no mundo. Nada existe se não em relação – o universo é visto como uma rede de inter-relações. A família, como matriz de identificação e, portanto, sistema primordial, é considerada uma unidade onde todos se interligam e interagem. Entre o sistema familiar e a estrutura individual há um movimento contínuo e circular de troca.
Na terapia sistêmica, todos os aspectos de uma situação problema são analisados, bem como as relações entre eles. Não existem verdades absolutas, portanto não há uma tentativa de determinar o que é certo e o que é errado, as vítimas ou os algozes, mas sim a busca de mudança daquela situação. O terapeuta trabalha no sentido de auxiliar o cliente – seja indivíduo, casal ou família – a reconhecer a si próprio e aos seus padrões de funcionamento: seu jeito de ser, de se comunicar, de sentir e de reagir às pessoas e situações. Através desse reconhecimento é possível transformar tais padrões em maneiras mais saudáveis de relacionamento consigo e com os outros.

Texto escrito pelas psicólogas Luciana Boeing, terapeuta sistêmica, e Patrícia Boeing, psicanalista.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Obesidade Mental??

Esse texto eu recebi por e-mail e achei válido postar em nosso blog. Afinal, lidamos com a mente. Já falamos em transtornos alimentares, talvez falte falar agora desse novo conceito: A "obesidade mental". Segue:

A Obesidade Mental - Andrew Oitke

Por João César das Neves

O prof. Andrew Oitke, publicou o seu polêmico livro "Mental Obesity", que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard, introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
"Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses."

Segundo o autor, "a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma “alimentação intelectual” tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.”
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
“O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. “Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.”
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
"O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto".
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
"Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxa ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade.

O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental."

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Como estudar nesse frio??


Acabo de participar de um chat no site da RBS respondendo a perguntas de vestibulando de todo o estado de SC. Muitas delas se referiam ao frio que estamos passando por aqui e como continuar estudando quando o chamado da cama e das cobertas é mais forte...

Pois bem: com esse frio, sei o quanto é difícil estudar, trabalhar, sair de casa, até! Mas, mesmo considerando que temos mais um mês no máximo com essas temperaturas, valem algumas dicas para nossos queridos estudantes e aspirantes a uma vaga na universidade:

1. Se não consegue acordar tão cedo para estudar, não se culpe. Durma até um pouco mais tarde, mas para compensar “empurre” o almoço para mais tarde também. É comum ficarmos mais preguiçosos após o almoço, pois nosso corpo foca na digestão e nos instiga a descansar um pouco. E é importante mesmo que descansemos para poder ter pique durante o resto da tarde. Então, se acordarmos um pouco depois do habitual mas almoçarmos também um pouco depois, aproveitamos a manhã, descansamos um pouco após o almoço e reiniciamos o estudo no meio da tarde.

2. Tente praticar alguma atividade física. Ela ajuda a aquecer, além de também ajudar o cérebro a produzir serotonina e endorfinas, que levam à sensação de prazer e bem-estar e aumentam a disposição para qualquer outra atividade. Se não tem disposição para sair de casa, ligue o som no seu quarto ou na sala e dançe!

3. Se alimente bem, sem exageros. Evite refrigerantes, balas, salgadinhos e fast-food . Abuse das frutas, verduras, legumes. Ingira carboidratos e proteínas. Nada de dietas em ano de vestibular, pois estudar exige foco e consome energia! Se está com frio e não deseja tanto comer frutas, experimente uma banana no microondas com canela e um pouco de açúcar mascavo. Ou acrescente gengibre ao suco de abacaxi. Os legumes e verduras ficam excelentes em sopas, que aquecem muito! Chás são uma ótima opção, também, e podem mantê-lo aquecido durante todo o estudo... um pedaço de chocolate ajuda a animar e repõe todas as energias.

4. Se agasalhe. Nada de passar frio! Estude debaixo de uma manta se for preciso, e não deixe de cobrir as extremidades do corpo – é a partir delas que perdemos mais calor. Cabeça, pescoço, pés e mãos agasalhados nos mantêm quentinhos e até permitem que não precisemos nos “atulhar” de blusas e casacos pesados. Talvez as luvas atrapalhem na hora de escrever, então tenha por perto algum óleo ou hidratante para espalhar nas mãos e esfregar uma na outra, esquenta e já ajuda a evitar o ressecamento.

5. Lembre-se de que o inverno acaba. Se o ritmo de estudo decair um pouco nesses dias frios, “não esquente”. Daqui a pouco chega a primavera e você pode dar aquele pique.

Outras dicas são importantes: planeje seus estudos e seu tempo, permitindo-se descansar ao menos uma vez por semana, e faça nesse dia coisas de que gosta – só cuide para evitar atividades que lhe tirem muito o foco do estudo do dia seguinte. Entre uma matéria e outra que estudar, respire profundamente e alongue-se, espreguiçando. Beba muita água. Durma o necessário, para não acumular cansaço. Evite aquelas pessoas que te deixam mais ansioso ainda com o vestibular, esse momento final é de maior introspecção e concentração. Não se apavore com o que ainda falta estudar, faça um planejamento possível de ser cumprido e mande ver nos estudos, um dia após o outro. Lembre-se: ainda faltam três meses e meio para os principais vestibulares, e nesse tempo você pode mudar seu resultado. E, principalmente, confie em você, imagine-se cursando a graduação e a faculdade escolhidas em 2011!

Tenham todos um excelente segundo semestre e um feliz ingresso na universidade.