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sábado, 2 de julho de 2011

O primeiro casamento gay do Brasil


O colunista Michel Blanco, natural de Jacareí, interior paulista, traz em primeira mão a notícia do primeiro casamento gay do Brasil - em sua cidade natal. Michel não só noticia o fato, de forma até bem-humorada, como faz uma crítica ao ainda presente e crescente preconceito em nosso país. Vale à pena conferir o texto na íntegra.

Segue um trecho interessante, para instigar a curiosidade do leitor:

...Previsível que nesse ambiente o casamento entre gays sofra tanta resistência. O preconceito, nesse caso, parece ainda maior justamente pelo fato de o casamento ser, em tese, a coisa mais careta do mundo. Ou seja, uma inversão, como se o gay se recusasse a desempenhar o papel esperado pelo preconceito, em que a degeneração seria seu lugar apropriado.

A associação entre homossexualidade e depravação é o que conforta uma cabecinha recalcada, incapaz de imaginar um núcleo familiar fora dos moldes tradicionais, em que relações de poder não dão a liga, mas sim o amor. Confusão que talvez fosse melhor resolvida se não subtraíssem o sentido original do dístico positivista da bandeira nacional: “O Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por fim”.

Confira na íntegra: http://colunistas.yahoo.net/posts/12064.html

Obs: a imagem postada não corresponde ao fato noticiado pelo colunista.

2 comentários:

  1. O autor desta sentença, juiz Fernando Henrique Pinto, explica:

    “A discriminação (ou preconceito) contra homossexuais decorre normalmente de equívoco sobre a origem “psíquica” do homossexualismo, e de dogmas ou orientações religiosas.

    O equívoco de origem “psíquica” é a crença que o homossexualismo e suas variantes (transexualismo etc.) ou a união homoafetiva constituem simples opção sexual.

    Tal premissa parece equivocada, porque o fenômeno pelo qual um homem ou uma mulher se sente atraído(a) por pessoa do mesmo sexo, a ponto às vezes de repudiar contato íntimo com pessoa do sexo oposto, não se mostra como uma opção. Tudo indica tratar-se de uma característica individual de determinados seres humanos, tão independente da vontade quanto a cor do cabelo, da pele, o caráter, as aptidões etc.

    De fato, se no mundo ainda vige forte preconceito contra tais pessoas, e se as mesmas têm de passar por sofrimentos internos, familiares e sociais para se reconhecerem para elas próprias e publicamente com homossexuais – às vezes pagando com a própria vida -, parece que, se pudessem escolher, optariam pela conduta socialmente mais aceita e tida como “normal”.

    O dogma ou orientação religiosa que de forma mais marcante se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo é a colocação da relação sexual procriadora como principal elemento ou requisito essencial do casamento.

    Ocorre que o motivo maior de uma união humana é – ou deveria ser - o Amor, até porque este é pregado pela maioria das religiões, principalmente as cristãs, como o valor e a virtude máxima e fundamental.

    Fosse de outra forma, muitas religiões não poderiam aprovar casamentos entre pessoas de sexos opostos que não podem ter filhos. E se assim agem, parecem afrontar a Lei Cristã do Amor, e prejudicam a formação da entidade familiar ou família, que é a base da sociedade.”

    Trecho da sentença de Fernando Henrique Pinto, Juiz de Direito em Jacareí/SP, proferida em 27 de junho de 2011.

    Segue o link com a sentença na íntegra:

    http://scmcampinas.blogspot.com/2011/06/1-casamento-gay-sentenca.html

    Gde abraço.

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  2. Obrigada pela contribuição, Ivana! Muito sábia a explicação do juiz. Valeu por compartilhar em nosso blog. Abraços!

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