Seja bem-vindo!


Faça uma boa leitura. Prestigie-nos com seus comentários, críticas, sugestões.

Somos gratos por sua visita!

domingo, 25 de abril de 2010

Escolher a profissão

Todos os anos, milhares de jovens se deparam com o momento da escolha profissional. Seja para prestar vestibular, seja para iniciar algum tipo de curso visando ao aperfeiçoamento, precisam escolher o melhor caminho para iniciar sua trajetória profissional. Nessa ocasião, muitos desses jovens sofrem diante das dificuldades em fazer a melhor escolha. Vejamos algumas dicas que podem ajudar!

Uma boa escolha profissional é aquela que mais se adapta aos desejos e aptidões daquele que escolhe, como também à sua realidade e ao seu projeto de futuro. A escolha da profissão é um processo, não um fato isolado, e envolve vários fatores dentre os quais destaco dois principais: a INFORMAÇÃO e o AUTOCONHECIMENTO daquele que escolhe.

A busca de informação a respeito do mundo do trabalho e das profissões é essencial para um processo de escolha bem sucedido. É perigoso desejar um caminho desconhecido, idealizado, sob o risco de frustrações futuras. O sujeito que escolhe precisa, portanto, ler sobre as profissões existentes, conversar com profissionais das áreas que lhe interessam, trocar idéias com amigos, familiares, professores, no sentido de conhecer ao máximo a respeito dos caminhos que lhe despertam interesse. Além disso, é muito importante que conheça os cursos que deseja, não só lendo ou acessando a internet mas, se possível, indo até o local e conversando com professores e alunos, conhecendo as instalações, laboratórios, etc.

Já o autoconhecimento envolve basicamente saber das próprias aptidões e habilidades, conhecer aquilo de que se gosta – e também o que não se gosta. Cabe lembrar que o trabalho ocupa grande parte do tempo e da energia das pessoas, portanto é mais válido optar por algo que dê prazer do que somente status social ou retorno financeiro. Por outro lado, quanto mais identificado com seu trabalho, maiores chances terá o sujeito de se destacar naquilo que faz.

A influência dos familiares pode ser muito forte na escolha da profissão – e não apenas diretamente, como se pode imaginar, mas da forma mais sutil. Sendo assim, vale à pena refletir sobre as profissões existentes na família, bem como sobre aquilo que é valorizado e o que é pouco valorizado pelos pais, irmãos, tios, avós... conversar também é muito importante, sempre tendo o cuidado para não cair em determinadas armadilhas, como por exemplo o desejo de agradar ou suprir expectativas alheias. O melhor é escolher as pessoas nas quais mais se confia e com as quais se consegue estabelecer um bom diálogo – aquele que nos ajudar a refletir.

Por último, mas sem a pretensão de encerrar o assunto, vale outra dica: se por acaso você perceber que fez a escolha errada, ou mesmo se não está conseguindo escolher, procure a ajuda de um orientador profissional. E não tenha medo de mudar, se for o caso, pois nunca é tarde para se sentir feliz e identificado com aquilo que se faz!

Recomendo:

www.vestibular.com.br

www.cfh.ufsc.br/~liop/

www.guiadoestudante.abril.com.br



sábado, 17 de abril de 2010

Saber ouvir


Além de saber apreciar o silêncio, é preciso saber ouvir. Segue aqui uma tirinha interessante!
(clique sobre a imagem para ampliar)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Comentando o filme "A Onda"

Incentivada e, de certa forma pressionada, pela intensa produção dos meus colegas de blog fiquei quebrando a cabeça pensando sobre o que iria escrever para fazer a minha estréia... o fato é que, só pensar, não me ajudou em muita coisa e acabei optando por deixar acontecer....

Já tinha lido um comentário sobre o filme A Onda na Folha de São Paulo e achei que poderia me interessar, mas acabou sendo mais do que isso, fiquei impressionada com a forma com que o tema fascismo foi lidado de forma próxima, clara, contundente e atualizada.

Sob a direção de Denis Gansel, o filme A Onda é baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967. Originalmente produzido para a TV alemã, traz o seguinte enredo: o professor Rainer Wegner deve ensinar seus alunos o significado de autocracia. Tratando-se de uma turma de adolescentes, com o fim de motivá-los a participar mais ativamente de suas aulas, resolve adotar um experimento pouco ortodoxo, que os levasse a vivenciar na prática, os mecanismos de sedução contidos no poder e que viriam a constituir um terreno fértil para o estabelecimento de atitudes fascistas. O professor auto-intitula-se o líder daquele grupo, escolhendo o lema “força pela disciplina” e junto com o grupo batiza o movimento com o nome de "A Onda", chegando por fim a uma saudação gestual específica, em alusão clara à saudação nazista. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da união e a ameaçar aqueles que não fizessem parte daquele grupo. Ao perceber a seriedade da situação, o professor Rainer tenta interromper o “jogo”, mas, já é tarde demais, e o movimento "A Onda" já saiu do seu controle.

Além de uma visão do ponto de vista educacional trazida à tona pela importância da liderança do professor em sala de aula como formador de opiniões e de comportamentos, incluindo a responsabilidade e os riscos que esse papel possa comportar, o filme suscita uma discussão ampliada acerca dos comportamentos coletivos e de massa.

Se pensarmos a turma de alunos como um grupo constituído, nesse caso, com objetivos comuns e submetidos a uma liderança autocrática podemos identificar algumas características que o definem e o levam a um funcionamento permeado de atitudes fascistas. Grupos que são levados a exercer um movimento no sentido da coesão absoluta levam seus membros, a desenvolver sentimentos, que beiram à fusão, à perda de individualidade e da autonomia. Os indivíduos, nesse caso, passam a existir em função do próprio grupo e para o grupo, baseados em um sentimento de pertencimento que ilusoriamente os alimenta e protege. Para isso, no entanto, é preciso combater os inimigos, representados por todos aqueles que não compartilham de suas convicções, insistindo em ser diferentes (daquele grupo é claro).

O modo naturalizado como esse movimento vai se estabelecendo no filme, nos mostra o quanto a possibilidade de atitudes fascistas em pequenos grupos pode estar sendo assimilada bem perto de nós sem que se perceba, atualizadas na forma de bullying.

O bullying se caracteriza por atitudes de agressão física ou psicológica por indivíduos e grupos geralmente em condições de exercer o seu poder sobre os supostamente mais fracos (Wikipédia).

O filme nos revela ainda, que o comportamento de bullying grupal, dada a força demonstrada pelo grupo, pode levar a proporções inesperadas e incontroláveis.



domingo, 11 de abril de 2010

Falar é prata, calar é ouro


Saber calar-se pode ser um caminho para a paz interior, segundo reportagem de 2006 da revista Bons Fluidos.
E por que calar é tão importante?
Vivemos na era da velocidade, do barulho, das multidões, dos "cheios", onde os vazios parecem cada vez mais sem graça e desvalorizados. Quanto mais atividades melhor, quanto mais coisas e compras melhor - nossas casas, nosso local de trabalho, as ruas e até mesmo o céu estão entupidos, preenchidos, plenos. E não sabemos mais silenciar. Nem nossa voz externa, nem nossa voz interna. Por dentro, somos uma sinfonia incessante, muitas vezes fora do tom, em desalinho com nossos desejos mais sinceros...
Tanto falamos na paz, tanto a desejamos! Mas será que a queremos de fato, será que sabemos buscá-la?
Ficar em silêncio, em nossa sociedade, é razão para olhares censuradores vindos de todos os lados. Se estamos dirigindo, ligamos o som do carro; se estamos em casa, ligamos a TV, o rádio, o computador; se estamos com alguém de quem gostamos, logo temos que falar alguma coisa, contar alguma novidade, fazer alguma queixa... o vazio do silêncio nos incomoda. A paz do silêncio nos incomoda. Ela não tem a velocidade que combina com a vibração do mundo atual.
Diz a reportagem:
"A beleza de uma paisagem tem o poder de nos calar. Enlevados pela visão da mata, do mar ou do horizonte aberto, não há a necessidade de dizer nada. O peito desaperta, o espírito se apazigua, e vem a sensação de estarmos totalmente vivos nesse instante. No dia-a-dia, entretanto, experimentamos a situação oposta. Engolidos por um massa de ruídos, produzidos por obras, automóveis, gente, enfim, levamos para dentro de nós a agitação externa, que se traduz em ansiedade e angústia. E a devolvemos para o exterior falando, falando e falando até mesmo sem pensar."
Precisamos aprender a calar. "Falar é prata, calar é ouro", diz o dito popular. Enquanto (só)falamos, não ouvimos ao outro, não ouvimos a nós mesmos, não ouvimos os passarinhos, a risada de uma criança lá longe. Não ouvimos e tampouco sentimos, pois o barulho interno nos faz embaralhar as percepções.
Vamos aproveitar o clima de introspecção do outono para mais ouvir do que falar, mais contemplar do que querer fazer, mudar, mexer. Nada como a sutil alteração nas cores da natureza, no nascer e no pôr do sol, na temperatura... nada como o cheirinho de fumaça vindo de alguma lareira, de uma casa qualquer, para nos convidar de volta para dentro de nós mesmos - para a simples e deliciosa contemplação do silêncio e da paz que ele pode nos proporcionar.

Luciana Boeing

terça-feira, 6 de abril de 2010

Toma que o filho é teu 2

Ao ler o título do artigo postado por Fernando: “Toma que o filho é teu” (Revista Época), fiquei imaginando a que se referia, remetendo-me imediatamente às questões que envolvem meu trabalho na área escolar. A discussão sobre o fato de colocar nas mãos de terceiros, responsabilidades que nós, enquanto família/comunidade/sociedade deveríamos assumir, ou ao menos lutar para haver melhorias também acontece no setor da educação em nosso país.
Durante os dois anos em que trabalhei na Secretaria de Educação de um município do interior do estado de Santa Catarina, em um programa de apoio psico-pedagógico, percebi claramente o quanto cada vez mais a população está depositando a educação de seus filhos nas mãos das instituições escolares. O comprometimento com o acompanhamento diário dos próprios filhos, está sendo deixado de lado, em muitos momentos, devido à correria da vida moderna e com isso valores se perdem também. Mas afinal, o que é educar? O que envolve o processo de educar?
Bem, essa é uma questão que abrange muitos aspectos e diversas opiniões. É difícil chegar a um consenso ou a uma noção absoluta de certo ou errado. Existem, por exemplo, comunidades onde o papel de educar é de todos os adultos, todos têm responsabilidades sobre as crianças que ali vivem.
Já, em nossa sociedade ocidental, esse papel fica para a família, em especial o pai e a mãe e, também para a escola. Olhando para essa questão, me parece haver vantagens se houver uma boa divisão, assim, as crianças podem ter modelos de adultos dentro e fora de casa. Porém, ao olharmos somente para a educação dita informal (aquela do dia a dia, na qual, regras, valores e noções de respeito são passadas às crianças), percebemos que essa divisão não tem funcionado. Na prática, percebe-se em muitos momentos, mensagens contraditórias sendo passadas para as crianças, por escola de um lado e família de outro.
A idéia de aproximar escola e família ainda está distante. Em muitos momentos o que vem ocorrendo é a entrega nas mãos da escola, além da educação formal (conteúdos que devem ser passados para as crianças e cumpridos com tempo determinado) também a educação informal que, em tese, deveria ser, no mínimo, dividida. Pais vêm desautorizando coordenadores e professores sem perceber que, se eles enquanto pais, não mostrarem o devido respeito e confiança para com os educadores que passam pelo menos a metade do dia com seus filhos, estes também vão se sentir no direito de não respeitar seus mestres na escola.
Um fato ocorrido recentemente no Rio de Janeiro ilustra claramente a discussão acima sobre o desrespeito da sociedade com a instituição escolar: Diretora de escola municipal no Rio de Janeiro foi agredida na semana passada. Segundo relatos, um aluno foi até a escola acompanhado da mãe e outros moradores de sua comunidade e agrediram a diretora verbalmente além de quebrar janelas e depredar o colégio.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u716421.shtml